quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Naquela Bola de Papel
Numa madrugada qualquer
Escrevi uma poesia
Eu falava da vida e de tudo que vier
E sentia a minha alma fria
Contei tudo que passei um dia
De todos os meus choros de amor
E até quando tive alegria
Rimei seus beijos com meus desejos
Sua dor com o meu mais intenso amor
Eu tinha pra você um sol de noite
E a lua que bailava pelo dia
Estrelas que me tocavam pela manhã
E quando passeei com você naquela chuva fria
Eu tinha sentimentos guardados no peito
Mas descobri que o amor não tem jeito
Ele nasceu pra me fazer sofrer
Mesmo eu cultivando esse forte querer
Eu tocava a sua pele macia
Eu beijava o seu corpo em movimento
Eu só queria a minha poesia
E meus versos num determinado momento
Eu olhava seu banho
Era tão bom te ver nua
Hoje eu só vejo a solidão
E a nudez da minha rua
Rua que de sonhos vive escura
Sem clarear a minha procura
Nem sol e nem o mais belo luar
Mesmo assim eu sonhava em um dia amar
Eu sonhei e sofri
E então decidi
Não sou abelha fazendo mel
Muito menos uma estrela que brilha no céu
Não desisti dos meus sonhos
Mas guardei todos pra depois
E embolei o momento
Numa bola de papel.

By Everson Russo
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Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98

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3 comentários:

Josy Nunes disse...

Oi,
Everson,
Passei por aqui porque não quero perder o último barco do planeta e vou efetivar minha inscrição para fazer parte dessa tripulação..rsrsrs

Amigo! Choquei! E fiquei sem palavras!! Preciso pensar...no que acabei de ler é l i n d o..profundo..deu um nó na garganta sabe??
Beijos no seu coração de poeta

Cadinho RoCo disse...

Não deixe nada para depois; nem os sonhos.
Cadinho RoCo

Sandra disse...

Na madrugada da noite eu venho lhe agradecer pelo seu carinho no blog sinal de Liberdade.
Muito obrigada pela visita, meu querido amigo.
Desculpe a demora.
Carinhosamente.
Sandra