sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Delicta
Vem! Espero-te à porta, entra sem bater,
Vislumbra-me com demora, sacia o meu prazer.
Faz-me brisa após a tempestade,
Embriaga-me em sonhos, despe os meus planos.
Conta o teu último segundo de solidão
Chegarei de repente, num instante
Afagarei cada arrepio do teu corpo
Na ansiedade do teu coração.
E por ser um desejo demente, doente, inquieto
Contemplo-o desnuda, intensa, impaciente
Espero o teu toque a inundar os meus sentidos
Que me venha em silêncio, intenso, pretenso.
Aqui estarei em alta madrugada,
Despirei teu corpo à beira da janela
Onde amas a lua na visão do mar
Quero teu prazer aberto, tua ânsia de me encontrar.
Apaga o lume da minha tristeza, faz-me companhia,
Traduz minhas palavras secretas, finaliza o meu dia,
Apalpa a minha ansiedade, põe fora a complexidade.
Quero-te simples e infinito, degusta-me do jeito mais bonito
E no final do êxtase em movimento,
Quero teu suspiro, em último momento
Recosto ao teu lado ainda em devaneio,
Acariciando a maciez do teu seio.

By Luciana P. & Everson Russo
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A Tempestade
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Um comentário:

meus instantes e momentos disse...

como sempre, muito bom
Abçs.
maurizio