domingo, 14 de agosto de 2011

Solidão (do meu pai)

Nas horas mortas da noite eu me levanto,

Envolto em um manto recolhendo-me ao frio,

Quero ouvir-te querida, e de canto a canto,

Eu vou andando a sós neste salão vazio,

Passo as horas calado andando, enquanto,

Ela a dormir, repousa em colchão macio,

Seu corpo esbelto, aconchegando ao manto,

A doce tepidez dos seios luzidios,

Dorme calma, tranqüila e despreocupada,

Das glorias, da existência e da ventura,

Dorme, sonha, sorri o mundo não é nada,

Foge aos encantos da vida e serás pura,

Dorme, e nesta sala a andar eu prossigo,

Sofrendo a terrível dor de um abandono,

Não podes deixar teu leito e estar comigo,

Dorme, porque atento velarei teu sono.



SYLAS REIS

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Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98

Texto escrito em Julho de 1949 pelo meu saudoso pai.



Deixo aqui um abraço a todos os pais nesse dia especial, pai que é força nos momentos difíceis, que é suporte pra vida, que é amor, que é condutor dos passos nos caminhos da vida, a maior riqueza deixada a mim pelo meu pai, foi tudo isso, além do sobrenome Reis.

Feliz dia dos pais a todos.

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2 comentários:

Harlequin disse...

lindo! Tenha um bom dia!

Anna Amorim disse...

Everson,

Homenageou teu pai e nos presenteou!

Te convido a conhecer meu BLOG PSI
http://anafariaspsicologa.blogspot.com/

Beijos Mágicos,

Anna Amorim