quarta-feira, 4 de julho de 2012

Escreva-me
Quando olhares na janela
E sentires sozinha
Na imensidão dessa vida
Sem nada pra dizer
Escreva-me
Quando as pessoas que mais ama
Abandonarem-te
E por algum momento
Sentires um vazio no peito
Escreva-me
Se o mundo não lhe parecer azul
E todas as tempestades caírem
Teu sol não mais se abrir
Escreva-me
Estarei a te esperar
Irei ao teu encontro
Abraçarei-te como da primeira vez
Serei teu escudo protetor
E o amor que me permitires
Escreva-me
Quando a folha do outono
Finalmente se soltar
E a lágrima do abandono
Aos seus olhos enfim chegar
E nada mais lhe parecer amor
Escreva-me
Quando deitares a noite
E teu travesseiro já não for mais companheiro
Não entender o teu momento
Não te acolher como anjo protetor
Escreva-me
Estarei sempre ao teu lado
Percorrerei areias insanas
Desertos escaldantes
Mares profundos
E planetas distantes
Só pra te ver sorrir
Então, escreva-me
Ou quando simplesmente o teu mundo desabar
Nada tiver mais sentido
Eu virei pra te ajudar a chorar
Ou viver o momento contigo
Serei tua alma deitava na neve
A dor da longa tristeza
Ou o momento de contentamento mais breve
Serei o teu bem e tua certeza
E a sombra ao lado da tua imagem no retrato
Que sobrevive sobre a tua mesa
Escreva-me
Que ao certo sentirás menos frágil.

By Everson Russo
evrediçõesmusicais©®
Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98
Visite também:
O Livro dos Dias

6 comentários:

Aleatoriamente disse...

Nessa poesia um poeta aflora seu coração.
É um dom por certo falar de amor, ele escreve o que sente.Amei Everson tua poesia.O que impossível de não acontecer.

Beijão amigo

Vanuza Pantaleão disse...

Querido Everson, perdoa-me a ausência. Andei com uns probleminhas no meu PC.
Pois é, seu belo poema nos remete ao tempo em que era comum aos amantes trocarem cartinhas de amor...coisa mais linda.
Beijinhos!!!

LUZ disse...

Oi querido Everson,

Venho ao barco te visitar, mas não "gosto", tenho receio do mar. Tolices, mas graças a Deus não tenho traumas "marítimos".

Bom, estou escrevendo. Ah! Não era eu, eu sabia, só que quis alegrar, um pouco o cenário.

Dizer, falar é bem diferente de escrever. Escrever fica lá, está dito e asumido. Dizer, falar, pode sempre se acrescentar, mais um ponto, mais uma vírgula. O coração não tem pontuação, mas infelizmente, a boca tem. E se tem!

Beijos carinhosos da Luz.

LUZ disse...

NÃO PUBLICA, POR FAVOR:

Na 5ª linha, julgo eu, o PC colocou mais um "m". Assim, penso eu, será "escreva-me" e não escrevam-me.
Caso não seja, desde já, as minhas desculpas.

Bjs

LUZ disse...

MINHA LÍNGUA AFIADA, FALANDO: Não publica, por favor:

Por que será que quando alguém está ausente muito tempo dos comentários, diz sempre que esteve com problemimhas no PC? Ainda por cima, advogada.
Haverá um caso ou outro, em que essa justificativa é verdadeira, mas na maior parte dos casos, não penso que corresponda à verdade.
No outro dia recebi um mail de um seguidor de meu blg, que disse por tudo qto era blog, que tinha estado ausente, por problemas com o seu PC. Mentira, porque a mim, ele me disse, que ficou desempregado e que sua mulher não o queria mais em casa.
Lógico que ele não iria dizer isso pra todo o mundo, são coisas particulares, mas o PC é quepaga, sempre.
Olha, everson, hoje, fiquei em casa, não fui à escola, ontem foi um dia quase todo fazendo matrículas, montes de gente e barulho. Estou serena e me levantei há pouco. Quero siilêncio e vou escrever.

Beijos.

HARLEQUIN disse...

A very beautiful poem!